Você está à par dos desdobramentos da crise? Entenda o cenário, supere as turbulências e faça sua empresa avançar com boas práticas de gestão.
A crise que assola o Brasil desde 2015 continua afetando a gestão de inúmeras empresas do país. A despeito do forte crescimento estimado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e o governo federal para a economia brasileira em 2018, a recessão dos últimos anos, agravada pela lenta recuperação de 2017, ajuda a formar um quadro de incertezas advindas das eleições, reformas econômicas e escândalos políticos.
Dados do Cadastro Central de Empresas divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em junho de 2018, confirmam que somente nos últimos três anos, 341,6 mil empresas tiveram que encerrar suas atividades em decorrência das complicações da crise.
Com efeito, havia pouco mais de 5,05 milhões de empresas ativas no país em 2016, índice que representa uma queda de 6,3% na comparação com o ano de 2013, ocasião em que o total de empresas em plena atividade alcançava a margem de 5,4 milhões.
A situação econômica por ramo empresarial
Os dados divulgados pelo IBGE também revelam que cerca de 78% das empresas atingidas por esta crise vinculavam-se ao segmento comercial. Isso porque em 2013 havia 2,2 milhões de empresas ativas no ramo e em 2016 o índice caiu para 1,94 milhão, o que denota um montante de 11,9%.
A indústria de transformação também sofreu quedas significativas. Durante o período, houveram 37,6 mil fechamentos que correspondem a 8,4% do percentual. O mercado de alojamento e alimentação também registrou perdas alarmantes, com 15,6 mil empresas finalizadas, que representam a marca de 4,8% do total.
Entretanto, algumas áreas caminharam na contramão deste cenário e registraram aumento no número de empresas. É o caso do segmento de educação, por exemplo, que ganhou 42,3 mil novas empresas de 2013 a 2016, o que delimita alta de 32,6%.
A saúde e os serviços sociais também se destacaram no período, com incremento de 30,2 mil novas unidades, constituindo aumento de 18,9%. Outro setor privilegiado foi o mercado imobiliário, com 15,3 mil novas empresas durante a recessão, que representa 22,3%.
Como superar a crise?
Não existe nenhuma receita pronta para afastar a crise, mas algumas medidas podem ajudar a sua empresa a atravessar esse período com mais estabilidade. A primeira delas é assumir o controle das ações e isso implica em estar à frente dos processos, buscando soluções efetivas para os problemas. Invista seus recursos para melhorar a gestão do seu negócio e não perca tempo com lamentações.
O cenário econômico não está em sua melhor fase, mas não adianta cruzar os braços e esperar que tudo se resolva em um passe de mágica. Para contornar as turbulências, tenha real noção da crise. Estude e mensure o seu ramo de atuação, possibilidades, oportunidades, ameaças e concorrência. A informação qualificada pode lhe ajudar a se posicionar de forma mais estratégica no mercado.
Neste sentido, vale a pena apostar em um bom software de gestão empresarial que lhe garanta maior eficiência, agilidade e fluidez na administração de colaboradores, produtos e processos. Hoje é possível encontrar sistemas amplos que atendem diversos segmentos e softwares específicos para determinados nichos empresariais. Faça uma boa pesquisa e opte por um modelo que lhe garanta maior autonomia para gerir a empresa, independentemente de seu porte ou natureza financeira.
É possível ter lucro em meio à crise?
É senso comum que para transpor a crise é necessário trabalhar duro para se manter no mercado, deixando a expectativa de lucros para depois das turbulências. Todavia, é importante que você mude sua perspectiva e não trabalhe apenas à título de manutenção de suas atividades, mas sim, de evolução. Por mais que essa ideia possa fugir à lógica dominante, é exatamente desta maneira que você poderá se destacar em sua área de atuação e elevar a sua lucratividade.
Ainda que sua empresa precise passar por readequações de tamanho e metas, estabeleça um plano de negócios inteligente e busque se aprimorar. Reavalie o seu modelo de comercialização de tempos em tempos, aposte na retenção de seus clientes e saiba criar um diferencial competitivo para o seu empreendimento. Isto pode lhe ajudar a criar valor e se tornar único para os públicos com os quais se relaciona.
Por fim, mantenha o foco, seja objetivo, rápido e eficiente. No meio do percurso empreendedor podem surgir necessidades e ajustes pontuais, contudo, invista de forma constante na qualidade de seus produtos e serviços.